terça-feira, 18 de dezembro de 2007

maçã envenenada....

Fruto belo de leve traço,
de cor forte e definida,
tenho por ti, aquele apego,
és a minha paixão, assumida!
Permite-me, que te devore,
que te consuma, calmamente,
há quem diga que é desejo
eu aceito... sou dependente!
Na tua pele, reside o cheiro,
na tua polma, o paladar,
estou perdida nos teus encantos,
e então... posso provar??!!
Todo o meu ser estremece,
pra teu corpo, possuir..
louca e à flor da pele, me sinto,
já não o quero, omitir!
Agora que provo, que degustei,
sinto-me... perdida, estonteada
revelaste o teu pérfido gosto,
oh cruel... maçã envenenada!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Eu

... a tal que te consumo,
a dona desse teu ser,
o meu gosto te persegue,
tens medo de te perder?

Não tentes amar sozinho,
nem todos lhe levam jeito,
passou a tua vez, amor,
afinal, não és perfeito!

Eu fui quem mereceste,
meta impossivel de cruzar,
Palavras belas, leva-as o vento,
aprendeste o que é amar???

Não temas este sofrimento,
vai fazer mais doce, esse coração,
dei-te tudo, num só momento...
agora, amadurece na solidão!

Eu sei que a dor é forte,
pensas que tudo terminou,
mas fim, só mesmo a morte,
é feliz, quem mais amou!..

Há gestos que te permito,
o teu toque na pele gelada,
mas não quero esses teus beijos,
de facto, de ti, não quero nada!!!

O pouco a que me proponho,
é ser feliz sem que existas,
se me queres, vai á luta...
e tem força, não desistas!!!

Mas não tomes por adquirido,
o que, um dia, te pertenceu,
és importante, não vou negar,
mas antes de ti... estou eu...

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

virou ...

Está na hora de abrir os olhos,
de esticar os braços e gritar,
por muito que me desmanches...
Não... não me vais matar!!!

Mais do que força, do que garra,
do que um novo amanhacer,
quero afastar-te da minha vida,
Estou cansada de sofrer!

Perdi-me do meu caminho,
por crer no amor maior,
rebaixei-me, pra te gostar,
Mas hoje, eu sou melhor...

Não te julgues centro do Mundo
tão pouco és invencível,
Sou mais fraca mas confiante,
e a minha força é perecível....!

Podes vir quando quiseres,
cá estarei pra te enfrentar,
Foste amor, paixão e ódio.
Hoje, eu vou-te derrotar...

Não quero mais esta doença,
nem acredito nesse sorriso,
Traiçoeira, imagem vã,
quem disse, que te preciso?!

Não valorizes a minha dor,
o fraco ser, que te pareço,
do sentimento, fiz meu rancor,
e esta força, de que padeço!

Pensavas tu, que era o fim,
que esta estória terminou??
teme então o meu regresso...
A tua sorte, virou...

Há imagens que valem por mil palavras!

domingo, 9 de dezembro de 2007

Vida......??????

É uma correria de lugar nenhum pra parte incerta,
uma busca incessante de não sei o quê,
com a ajuda, ingrata, de não sei quem,
que nos leva a olhar pra trás e perceber,
que afinal, vivemos num nada!
É uma conquista absurda de metas sem interesse,
uma descoberta diária de seres que nos completam
a quem não damos o devido valor e afastamos de nós..
e de coisas sem valor nenhum, pelas quais nos fascinamos!
É um sentimento sem sensação nenhuma,
uma razão de cá estar, sem vontade de o fazer,
significância de coisa alguma, sem sentido,
opinião forçada, de um leigo, sem conhecimento do assunto!
Sinceramente, a vida é um corre corre,
passa a correr por nós, para nós e de nós!
Realmente, que merda de vida!

A derrota

Qual guerra sem inimigo,
nesta batalha de negra cor,
não sabia, que o maior perigo,
residiria, neste amor...
e detesto-me por te querer
rasgo-me por te amar,
morri só de saber
que ocuparam, o meu lugar...
tencionei amar sózinha,
afastei-me, pra não sentir,
perdida, triste e tão só,
não te falo, pra não mentir..
haja dor que me consuma,
fiel tormento, que me persegue,
tento fugir mas não consigo...
e daí? alguém consegue?
afastar-te foi mau remédio
pena, demais, cruel pr´alma
de que serviram as palavras?
de que valeu, gostar com calma?!
aceitei deixar-te ir,
já não te tinha, aqui comigo,
no peito o sentimento,
tento esquecer e não consigo!
pensava eu, que não custava,
que tudo iria, ser perfeito...
foi mentira o que sentimos,
ou vieste com defeito?!
não estou cá para te julgar
tão pouco, guardar pra sempre,
mais duro que esse olhar,
é essa boca, que me mente...
és, deveras, feliz sem mim?
persegue-te, a minha memória?
perdi a batalha mas não a guerra,
aceitar a derrota, é a minha vitória!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

... as duas faces do espelho ....


do meu ar fiz teu respiro
do meu sonho teu suspirar
do meu olhar a tua luz
da mão, o teu tocar.
sou a voz da tua alma
sou o grito da dor que sentes
sou o sono que te acalma
sou mentira, quando mentes.
és batalha, eu sou guerra
és vingança e eu traição
és atraso eu sou a espera
és culpa, eu sou razão...
fui espada que te feriu
fui mão que te rasgou
fui vida que te fugiu
fui veneno que te matou.
no meu rosto, tua expressão
no pensamento, tua memória
no meu corpo, tua visão
no meu gesto a tua vitória.
as nossas sombras, vejo nítidas,
a ti me assemelho
a tua imagem perfaz, agora,
as duas faces do espelho.