quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Mais tua do que minha...

Já te sentiste sózinho,
mesmo no meio da multidão?
Com medo de cada rosto...
sem alguém que te dê a mão?
E quando o sentes o dia inteiro?
quando isolado, levas a vida...
permites-te esse desespero,
de ser uma alma, esquecida?
Levas o dia a dia, sorrindo,
esboçando uma falsa, expressão
vivência vã, a que percorres,
já nem se percebe, o coração...
Olhando à volta, tudo o que vês
sombras, de quem se diz teu amigo,
cedes tudo, recebes nada, em troca.
Existir assim, é um castigo...
E os dias vão passando,
numa vida que não é tua.
Sei agora que te comparo,
sinto-me sacudida, vazia, nua...
Resistente a toda esta solidão,
vou permanecendo, assim, sózinha...
Fugindo do meu ser e desta alma,
que sei mais tua do que minha...

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